RINHA DE GALOS*
AS MÍDIAS SOCIAIS E VOCÊ: NADA A VER
(ou rinhas de galo).
Por Paulo Rebelo
Uma das coisas que me incomoda pouco é a importância desmedida que as pessoas dão a posts na Internet. A maioria parece não ter o que fazer.
A primeira finalidade de um post é chamar a atenção do internauta e provocar sua reação comentários, que parece ser tão ou mais importante que a própria notícia. Um post bem visualizado ou viral gera rendimentos econômicos e status midiático elevados e prestígio a quem o produz. A fim de pegar o internauta, incauto ou sedento de informações, geralmente, destituídas conteúdo sólido de conhecimento e portanto, descartáveis, em tempos de informações “prêt-à-porter”, sites as produzem para serem rapidamente consumidas como “mercadoria facil”. Geralmente, são “tipo clickbaits” (isca de cliques) bem elaborados para criar não só atenção, mas sobretudo, emoções e nesse momento, é um “vale tudo”. As informações são manipuladas, tendenciosas ou até FAKE NEW para “vender o peixe”. Parece que ninguém é santo ou está imune nesse ringue de galo, transmutado de “democracia”, em verdade, um FAROESTE. A responsabilidade vai desde as grandes mídias clásicas na área de telecomunicações até produtores independentes de conteúdo; como a REDE GLOBO, alcançando 99.50% do público brasileiro (segunda maior rede televisiva do mundo, atrás apenas da ABC americana), capaz de eleger e derrubar presidentes “em busca da verdade”, como o fez com COLLOR DE MELLO, DILMA, BOLSONARO e LULA, criando tendenciosas e superdimensionadas notícias, manietando o público, impulsionadas à base de “âncoras”, editoriais e o sensacionalista “FATO ou FAKE”, para conferir credibilidade ao “consórcio de informações”, para desmerecer as mídias sociais, que quebraram o monopólio da GLOBO frente às “classes privilegiadas”, ou seja, a classe média formadora de opinião e que movimenta a economia. Nesse quesito, a REDE GLOBO, antes “de direita”, para se manter no mercado em busca de sobrevivência, inteligentemente, deu uma guinada de 180% para a “esquerda”, pasme, agora de braços dados com ela, embarcando numa programação popular e demagógica, abraçando a agenda progressista.
Por outro lado, a proliferação de sites, páginas e mídias sociais como blogs e vlogas, democratizou a informação (não necessariamente conhecimento), criou um ambiente que não é confiável. A pergunta é: o que é em quem confiar?
Ademais, uma simples informação sensacionalista ou palpitante, é motivo para criar um FÓRUM DE DISCUSSÃO, geralmente, com absurdas manifestações pró e contra, eivadas de crassa ignorância, pedantismo e supremacia intelectual e moral, tais quais intolerância religiosa, etnofobia, homofobia, racismo, misoginia entre outros.
A partir daí, é um passo para as personalização da notícia, com ataques individuais à pessoa ou grupo na forma de xingamentos e não à ideia (eu mesmo já fui chamado de nazifascista por ter “ideias conservadoras”). As mídias sociais se parecem com rinhas de briga de galo. Alguns assumem uma patética autoimportância que não tem, discorrendo sobre assunto que não dominam ou se dominam, o fazem da forma, hora e local completamente inadequados, escrevendo suas “verdades absolutas”, tais quais dogmas, demonstrando aquilo dito pelo filósofos italiano UMBERTO ECO:
“A INTERNET DEU VOZ AOS IMBECIS”.
Paulo Rebelo, médico poeta.