O SUJO FALANDO DO MAL LAVADO*
O SUJO FALANDO DO MAL LAVADO.
Artigo de opinião por Paulo Rebelo
De um lado um presidente que quer apenas o isolamento de idosos e portadores de doenças crônicas e do outro, governadores e prefeitos, do isolamento geral ao confinamento ou LOCKDOWN. No centro da discussão a preservação da vida e emprego.
Quem tem razão?
Em tese, nenhum deles, pois nem tanto ao mar nem tanto à terra.
Todavia, no momento, a saída é isolamento geral com regras mais rígidas, emanadas das autoridades sanitárias, pois o Brasil “perdeu o bonde”.
Funcionaria se…
Se pudéssemos voltar atrás à época do carnaval, a campanha carnavalesca seria: “curta com moderação”. Em vez de camisinhas, o Ministério da Saúde diria: “USE ÁLCOOL GEL antes e depois do sexo”. Isso é sátira, claro! Teria havido campanha em massa, reforçando todos os cuidados de hoje, como o distanciamento social, higiene pessoal e higienização de ambiente, ajuda financeira e para os vulneráveis economicamente, kits de limpeza e higiene pessoal, cestas básicas, caminhões pipas nas comunidades carentes para quem não tem sequer água p lavar as mãos e etc.
Mas, como dizem os americanos, isso é HINDSIGHT (lê-se raindsait) ou seja, percepção tardia.
O Brasil pouco ou nada fez para amenizar o impacto da COVID-19. O vírus já circulava por aqui desde o carnaval. Várias autoridades e formadores de opinião diziam a COVID-19 era apenas uma “gripezinha”.
E a despeito da gravidade da situação, o Brasil assolado por corrupção, mesmo com a maciça ajuda do governo federal, sofre nas mãos de agentes públicos de estado e municípios que, em conluio com empresários inescrupulosos, lucram com a tragédia da saúde, superfaturando respiradores que não funcionam.
Acontece que a saúde pública que já estava à beira do abismo foi empurrada ladeira abaixo.
Assim, é o sujo falando do mal lavado que procuram bode expiatório, apostando em hidroxicloroquina, médico cubano e LOCKDOWN, aprisionando o povo, quando quem já deveria estar preso são os nossos governantes que nos condenaram à essa situação mortal.
Paulo Rebelo