O MMA UNIVERSITÁRIO NACIONAL*

O MMA UNIVERSITÁRIO NACIONAL
Artigo de Paulo Rebelo

Através de um modelo sofista, a esquerda fez o mundo acreditar que, inacessível aos excluídos, as universidades públicas estavam dominadas pelo pensamento de direita e pelo branco privilegiado e burguesia, impedindo o seu acesso à universalização do conhecimento.

Ao tomar o poder democraticamente, a bem da “desetilização”, projeto nefasto de extermínio da intelectualidade neoliberal nas universidades federais, mediante o ingresso maciço e facilitado de alunos da “nova classe média forjada pela esquerda, esta levou a cabo para dentro das universidades a popularização do saber, o empoderamento dos excluídos, facilitando o ingresso de uma massa de gente despreparada desde a base do ensino e com isso, os hábitos e vícios da pobreza humana de toda sorte; o trauma social é o maior deles.

O choque sócio-político-econômico entre pobres e ricos dentro das universidade foi inevitável; tornou-se um MMA universitário. Se por um lado já conhecíamos o aluno “rico” com todos os seus graves defeitos de classe, com o ingresso do aluno pobre nas universidades públicas, envaidecido por suas conquistas “de bandeja”, entrando pela porta do dos fundos através do Sistema de Cotas, como se fora um portal da justiça social, este alcançando o poder, revelou-se tão autoritário e soberbo, sem lastro ético e moral, por vezes, tão violento verbalmente quanto o primeiro, agravado pelas baixas intelectualidade e educação doméstica e cívica, carregado de ressentimento e sentimento atávicos de injustiçado, segundo ele, perpetrado pela sociedade e reproduzido no academicismo e intelectualidade burgueses do ensino superior.

O seu rancor , também, é inconsciente e pode ser fruto de suas crônicas frustrações por impotência e fracasso pessoal na sua difícil vida, como válvula de escape, atribuindo seu insucesso às elites e falta de oportunidades e não, à sua própria limitação.

A universidade pública tornou-se palco de disputa de poder político, o que menos importa a uma instituição de ensino superior, a casa do saber.

Acredito que o aluno pobre tenha sido iludido ou deixou-se iludir pela esquerda; foi aprovado, passado de série e como atalho, alçado ao ensino superior sem ter nenhuma condição para tal e será sempre vítima de mais discriminação; terá que provar que é capaz de alcançar o sucesso pessoal sem a mãozinha de ninguém, salvo contrário ele mesmo se sentirá no íntimo subvalorizado.

A saída para o impasse é complexa, mas seguramente, a justiça social não pode nem deve ser feita por decretos, baseados no critério etnias, raças e minorias.

Paulo Rebelo

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