O JUDICIÁRIO*
O JUDICIÁRIO
(ruim com ele; pior sem ele)
Acima da aparente seriedade do judiciário, há algo de podre que o rege; as leis que, de fato, operam-no inaparente sob a luz popular e o conduzem diante os demais poderes e a sociedade são resultantes da indefectível e morbida argamassa que o estrutura como um câncer fora de possibilidade terapêutica; restam apenas placebo e sintomáticos sem que tenhamos quaisquer esperanças de cura, sequer de milagres de um dia ressuscitar renovado e se isso ocorrer, já terá nascido morto!
O apadrinhamento político, o nepotismo, inclusive o cruzado, a troca de favores, o vergonhoso balcão de negócios, a ostentação de poder, intimidação e medo imposto por alguns magistrados, temperados de pedantismo jurídico, academicismo mágico desvencilhados das reais necessidades do homem comum, reflexos da indiferença ou confrontamento dirigidos, são agravados por uma auto percepção distorcida de poder e sobretudo, a doença clara mental de alguns e o mau caratismo de tantos outros que obnubilam suas consciências, acabando-lhes com o poder da auto crítica e do juizo de valor, impedindo-lhes do julgamento justo.
Assim, para esse mal não há cura definitiva nem profilaxia; apenas a DEMOCRACIA para corrigir os seus desvios, submetendo a própria JUSTIÇA sob a sua égide.
Paulo Rebelo