O FALECIDO MÉDICO CUBANO*
O FALECIDO MÉDICO CUBANO.
O artigo de meu colega e amigo médico MARCO TÚLIO, conselheiro do CRM-AP me fez lembrar um episódio desagradável ocorrido comigo há 4 anos aproximadamente.
Numa Noite de Natal, como convidado, testemunhei tristes observações por ocasião do “Programa Mais Médicos”.
Um dos convidados, homem na casa dos 70 anos, militar da reserva, teceu loas ao programa e elogiando demais o médico cubano, perguntou-me qual era a minha opinião sobre o programa. Respondi-lhe que seguia a orientação do nosso conselho, o CFM.
Insatisfeito com a minha resposta, disse resumidamente:
● O médico cubano é mais patriota que o médico brasileiro que é:
● É mercenário;
● É mafioso;
● É garimpeiro (só vai para onde dá dinheiro) e outras grosseiras como “insensível” e desumano.
As suas observações eram ditas em alto e bom tom, inclusive, dando “exemplos” diante de ampla mesa e com “platéia”, formada de gente de classe media e média alta que, aparentemente, endossava o que aquele homem dizia.
Desnecessário dizer a minha pronta e indignada reação.
Em resumo, disse:
● Que jamais havia escutado tanta asneira;
● Diante de todos: perguntei se ele cubano;
● Senão, os seus argumentos eram de um “traíra”;
● Um militar brasileiro que envergonhava o exército brasileiro pelas suas declarações infelizes, talvez, um comunista travestido de humanitário;
● Perguntei-lhe: “o senhor já se consultou alguma vez com.medico cubano? Aposto que não!”
● Que ele não estava falando com subalterno dele;
Finalmente, apontei para os meus três filhos médicos e Bernadete q estavam na outra mesa e disse-lhe me orgulhava de minha vida e que estava profundamente incomodado e ofendido com as suas descabidas declarações, pois nós não nos conhecíamos.
SILÊNCIO TOTAL.
Saímos mais cedo.
Durante todo o fim daquele ano fiquei mal e ainda houve gente q disse que eu fui “persona non grata” e que exagerei na resposta.
Assim, aos colega do CRM e CFM, que continuem na defesa da dignidade médica.
Ainda há muitos que acham que o Brasil precisa dos médicos cubanos, a solução da saúde nacional.
Um forte abraço,
Paulo Rebelo