NOS CÉUS*
Nos céus, dia 18.01.2024.
Cronica por Paulo Rebelo
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Alô, meu amigo-A,
acabamos de levantar voo. Macapá vai ficando para trás. Estamos de férias. É incrível; como já vinha nesse clima há vários dias, imediatamente, quando me sento nesta poltrona, “entro num estado ZEN, próximo do NIRVANA”. Aí relaxo tanto até dormir em pleno ar. Perguntam-me: “como tu consegues?”. Bem, como viajo com a sensação de dever cumprido, na minha cabeça só há espaço para refletir sobre as coisas belas e boas da vida construídas ao longo do ano passado e aí pululam as coisas boas que realizei como médico e imagens de meus amigos, como tu, e meus familiares.
Até sorrio sozinho!
Pensando em ti, também, num piscar de olhos, acabei escrevendo o texto poético a seguir; uma ode à eterna amizade entre nós.
É o meu presente de aniversário para ti, que farei no dia 25.01-66 anos bem vividos! Coincidência: data do aniversário da cidade de SP capital.
Paulo Rebelo, teu amigo.
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Amigo-A,
🖋às vezes, bate uma saudade da família, dos amigos, muitas vezes, ocupados ou distantes, naqueles momentos em que me sinto sozinho e solitário, e quando mais preciso, “abandonado à própria sorte”, muito reflexivo, em que passo a falar com eles em pensamento, falo sozinho em solilóquios…hão de dizer que estou louco, mas saibam eles, que falar só é normal e até muito salutar, segundo os psiquiatras, pois existe o imaginário desde a tenra infância até a senescência. Todavia, como são apenas pensamentos, mas belos e leves tais quais plumas de um pavão, palavras são voláteis e aos ventos voam…ao longo de tempo, desenvolvi “patologicamente” um senso de pertencimento a um mundo, que não deveria acabar jamais. Portanto, sem que percebessem, escrevi indelevelmente na mente de meus amados na forma de versos, para que eu jamais seja por eles esquecido, que sempre seja lembrado, não pelo que, humildemente, eu possa ter feito por eles, mas pelo o contrário; sou-lhes eternamente, grato pelo que um dia, agora e sempre fizeram por mim desprendidamente, estando eu nos altos e baixos momentos de minha vida, quando sem lhes exigir, sempre estiveram ao meu lado.
Vida longa aos que amo e por eles sou amado!
“Assim, um dia acordei e disse a mim mesmo: definitivamente preciso escrever senão serei sufocado pelas minhas próprias memórias”.
Paulo Rebelo, o médico, que quer ser poeta.
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