INJUSTIÇA*

INJUSTIÇA

Eu era feliz
E não sabia;
Não pude aproveitar
Minha vida.
Era livre
Até o dia em que morri
E, inapelavelmente
Fui condenado
À eternidade,
Onde preso,
De lá
Jamais voltaria.

Verdadeira injustiça!

Quem disse
Que queria a vida eterna,
Minha alma penando por aí?
Cruel sentença!

Apenas quis eu,
Nessa terra,
Uma vida breve
E intensa!

Paulo Rebelo, o médico poeta.

P.S. Texto de fundo existencialista.

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