FESTAS QUILOMBOLAS II*
A minha origem é miscigenada; sou caboclo amazônico. Meus bisavós, por parte de pai e mãe, eram imigrantes anglo-saxões e que aqui fizeram família. Quando criança assisti inúmeros cultos de candomblé no terreiro de uma tia-avó, uma bela preta boleada. A sociedade belemense abastada frequentava o terreiro. Era meio que escondido, mas toda a cidade provinciana sabia, até a arquidiocese. Naquela época não havia o detestável divisionismo racial de hoje perpetrado ardilosamente pela intelligentsia socialista em nome da “igualdade e diversidade”. A meu ver, foi um tiro no pé; paradoxalmente, oportunista, em busca de dar-lhe visibilidade, ela atiçou a perseguição ou indiferença ao candomblé, umbanda e macumba numa sociedade moderna consumista, que despreza até DEUS, bem ao gosto do socialista. As religiões neo pentencostais, que tem alguma responsabilidade, são um mal menor; estão sendo acusadas falsamente, “pagando o pato”. Ao auto proclamar-se “socialista”, o brasileiro progressista faz STALIN, MAO TSÉ TUNG e FIDEL chorarem no caixão de tanto desgosto. Sou médico, mas um diletante das artes e história.
Um abraço fraterno.