ENXAME DE FALSOS MÉDICOS*

O ENXAME DE FALSOS MÉDICOS.
Artigo de Paulo Rebelo*

A nova classe média, forjada por decreto na era petista, foi alimentada pelo sonho de igualdade social. O petismo facilitou que alunos “excluídos”, porém mal preparados, a maioria sem a adequada e mínima condição econômica e orientação familiar, realizasse o sonho de ser médico, o apice do sucesso da burguesia agora “socialista”.

Longe de ser “elitismo”, medicina não é para qualquer um e assim é essa gente, a maioria não afeita para uma área tão nobre.

À guisa de ampliação e expansão do mercado de trabalho médico para a juventude das classes C, D e E, a esquerda criou o Sistema de Cotas Raciais, o Crédito Estudantil Subsidiado e a oportunidade de graduação desses milhares de jovens em CUBA, Bolivia, Paraguai, Argentina e Russia, com o firme propósito de, automaticamente, torná-los médicos aqui no Brasil, sem a necessidade de comprovaçao oficial (REVALIDA/MEC e Conselhos Médicos), baseado apenas em laços ideológicos e fraternos latinoamericanos. O auge desse populismo foi o PROGRAMA MAIS MÉDICOS, pois vendeu-se com sucesso midiático a ideia de que há falta de profissionais no Brasil.

Aliás, alguns anos depois, já fazendo água, sua instituição no Brasil coincidiu com o auge das epidemias da CHIKUNGUNYA, ZIKA VIRUS, sobrepostos à endemia da Dengue, acabando de vez com a cantilena de que no Brasil não se prestava uma boa Saúde Pública por falta de médico. Em verdade, como na educação, não faltam professores e sim, as adequadas condições para o exercício do mister.

Há pontos a esclarecer: muitas faculdades no Paraguai e na Bolivia foram criadas da noite para o dia, inclusive, por empreendedores/empresários brasileiros espertalhões e oportunistas, associados aos locais para essa atividade comercial para fins estritamente lucrativos, nada interessados na saúde pública brasileira. Denúncias de que não são regulares ou que não reunem condições para atuar como um curso médico abundam no noticiário. A esquerda faz ouvidi de mercador. São 65 mil brasileiros, jovens estudantes de medicina fora do Brasil. São estudantes limitados, de pouco conhecimento acadêmico, haja vista o baixo percentual de aprovação destes no REVALIDA (média de 18%, 5% em 2017 e apenas 2800 aprovados na primeira fase).

Não satisfeita, a esquerda condescendente, paternalista, “curadora dos excluídos”, busca uma alternativa populista: trabalha para extinguir o exame de proficiência-REVALIDA e se não conseguir viabilizar seu intento, “flexibiliar o exame”, fazendo o que fez com a EDUCAÇÃO: a ordem é aprovar todo e qualquer aluno, ainda que não tenha conhecimento para tal.

A esquerda conta com a cumplicidade de sua atuante INTELLIGENTSIA acadêmica, dentro das instituições públicas de ensino superior, simplesmente, mascarando o REVALIDA, uma especie de exame p inglês ver.

Afinal de contas, esses “médicos” tem uma finalidade precípua: atender o pobre apenas; aliás, ele mereceria melhor sorte, todavia diz-se que é melhor um médico cubano do que nenhum.

Ao buscar demonstrar as contradições desse pleito “humanitário” da esquerda, a classe médica nacional, como se não bastasse as dificuldades que enfrenta, é maldosamente acusada de “antipatriota”, pois se recusaria a ir para os longíquos, rincões do Brasil, onde lá estaria o médico cubano, “mercenária”, “corporativista”, “insensível”, “mafiosa” e por fim, “garimpeira”(só iria para onde dá dinheiro!).

Ao contrário do senso popular comum, a marioria dos médicos, como eu e minha esposa, somos egressos da classe média “remediada” e “inferiores”, mas naquela época, o ensino publico era muito superior ao atual. Havia poucas escolas particulares.

Assim, é falácia e sofisma todas as alegações que buscam abrir as portas da medicina para o bem do BRASIL, segundo a esquerda nacional.

A atuação providencial e firme do Conselho Federal de Medicina e conselhos locais não é por “reserva de mercado”, mas por legalidade e isso não se negocia.

Paulo Rebelo, médico.

P.S. No Amapá, 350 “médicos” graduados no exterior estavam atuando à base do “TAPETÃO”, por razões humanitárias. Foram cassadas todas essas autorizaçoes judiciais. Felizmente, estão impedidos por lei de atuar, por não preencherem os requisitos legais (há diplomas falsos, faculdades irregulares naqueles paises de origem e sobretudo, a não aprovação no REVALIDA, prova de equivalência com o que é estudado no BRASIL.

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