DEUS É PLACEBO*
(A frase é um absurdo).
Acordei às 4 da manhã e perdi o sono. Abri o celular p responder msg de pacientes e amigos. Fui provocado pelo comentário naïve de um internauta ao meu post sobre DEUS (que eu creio), e que para ele DEUS é um “PLACEBO”. Pensei: lá vou eu perder tempo, mas vale à pena buscar fazê-lo, no mínimo, refletir sobre a sua banalidade filosófica. Respondi o seguinte:
“Vou te responder. Pareces-me muito jovem. Placebo? De onde tu tiraste essa informação? A palavra está equivocada. Vejamos: na medicina PLACEBO é qualquer substância ou tratamento inerte (ou seja, que não apresenta interação com o organismo), empregado como se fosse ativo, isto é, seu uso não faz nenhuma diferença no corpo, portanto não é esse o caso. A crença em DEUS, através de neurotransmissores e “boost” da imunidade, curam ou aliviam doenças. PLACEBO não faz isso.
Ainda que sejas inteligente, tu e teus conceitos não és páreo para DEUS, que julgas abstrato. Não acabarás com ele apenas por nele não acreditares. O Iluminismo e seus grandes filósofos humanista (que colocaram o homem no centro do universo e através de NIETZSCHE decretou que “DEUS está morto”), a Revolução Francesa, que separou DEUS x ESTADO, o modernismo da Revolução Industrial, tornando tudo matéria sem vida, a Revolução Socialista do século XX, que pontificou que a religião é o “ópio do povo”, cliché que pegou, a pós-modernidade com seu mote de Sexo, Drogas & Rock ‘n Roll, levando a autodestruição do homem e, finalmente, a era da computação não conseguiram exterminar com Deus, pelo contrário, só reforçou a ideia e necessidade humana de sua existência. “Há mais mistérios entre o céu e a terra do que sonha a tua vã filosofia”, te diria pessoalmente o dramaturgo inglês William Shakespeare ou ainda “Só sei que nada sei” (Socrates, 470 a.c.). Enfim, “A consciência moderna nos leva ao grande mal da humanidade (que ao me ver aflige pessoas como tu e milhões mundo afora: a solidão estrutural” ou seja, o ser humano está mais conectado com a modernidade, mas desconectado com a humanidade, pois está ensimesmado, concentrado ou está completamente absorvido pelos próprios pensamentos, voltando-se para o interior de si mesmo e não para o universo, que não entende absolutamente nada, porquanto é mais comodo para o homem moderno abolir a figura de Deus, pois aquilo que a gente vê ou não quer ver, o coração não sente, reza a filosofia popular. Pense nisso.
Um abraço fraternal.
Ao longo de minha parca, mas intensa existência já atendi milhares de seres humanos. A cada vez que os trato, eu me trato”.