CRÍTICA LITERÁRIA-Jorge Paulino*

Julho 2024

🖋️Ao meu amigo-A,
Gostaria de dividir contigo um momento de singela alegria impar.

Através de um amigo e colega médico que aprecia meus textos, recebi uma inteligente crítica literária abaixo sobre o texto “PARA DEPOIS”, realizada generosamente por um grande amigo seu, docente em LITERATURA BRASILEIRA pela UFPA, o que me deixou bastante lisonjeado, em se tratando de especializada. É um estimulo à minha arte literária.
Assim, acredito que ainda serei descoberto em vida como escritor!
😜😜😜
Deus ouviu as minhas preces!
👏👏👏
Paulo Rebelo, o médico-poeta.

P.S. Acredito que foi a melhor crítica abalizada que recebi um dia. Segundo Getulio Barreto, “José Paulino, fez uma radiografia de um texto, mostrando que você, Paulo Rebelo, tem em sua composição literária um estilo com estética plantada no sonho, porém sem perder a conexão com a realidade”.
Já começo a acreditar mesmo, “que tenho futuro na literatura”, pelo menos p continuar fazendo amigos.
😂😂😂

🍁🍁🍁

A CRÍTICA por Jose Paulino.

O início da leitura do poema “Para depois” pode gerar no leitor um efeito estético próximo a uma ideia de que o eu lírico vai recolocar na natureza algum tipo de reparo, o que é dito não se processa, no sentido de concretização, e pode ser plenamente entendido quando o campo semântico começa a ser descrito e amparado numa temporalidade pretérita parcial: “dormisse”, “acordasse” e “comesse”.
Chega até deixar pendente a palavra para “p”. Essa supressão vocabular conecta-se com a extensão do grito que foi distorcida pela rouquidão.
O tempo desse poema estende-se num dinamismo veloz e elástico e aos poucos dilui a aceleração da vida ordenando um sentimento quase tranquilizador e acomodante das condicionantes sociais.
Esse poema nos faz pensar numa questão fundamental da literatura que é o vir a ser. A arte nos faz pensar na possibilidade de transcendermos os valores e enquadrantes da existência pelo ato inconcluso da vida posto diante do homem.
O poema vislumbra a suspensão do viver, realidade colocada pelos escritores românticos que não avançaram em direção da dimensão monumental da vida e buscaram investigar o interior humano.
Não é o caso desse poema que fere a perspectiva onírica, deixando o eu subjetivo mergulhado na grandiosidade do aqui-agora.

🩺❤🩺

Leave a Reply

Deixe o seu Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *