ALMA LITERÁRIA*
11 de set de 2020
ALMA LITERÁRIA Por Paulo Rebelo O meu estilo,Por ignorânciaOu completoDesprezo às normasLiterárias,Toscas rimasSem métricas,Mera rebeldiaGramática,É não ter estilo nenhum. É puramenteImaginário,IncertoDestinatário. Indômita,Minha escritaRecusa-seA ter dono,A ser mais umaSequer desejaSer infinita. Apenas imatura,Em estado bruto,Buscando a luzNa escuridão,Aflora consigo Algo maravilhosoDe...
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Continuar lendoARTE RUPESTRE*
11 de set de 2020
ARTE RUPESTRE A minha almaVive a livre escreverAquilo que poderia serParente próximoOu distanteDe poemas e poesias. São escritas no ar,Nas areias das praias,Nos rochedos do mar. É ociosidade, mas também,Necessidade. A minha primitivaArte literáriaAssemelha-se à pictogramas,Hieróglifos e garatujas,BrincadeirasDe criançasOu...
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Continuar lendoA ESTRADA*
23 de ago de 2020
A ESTRADAPor Paulo Rebelo A estradaQue é minha,Às vezes,É colorida,Tão clara,Outras vezes,Tão escuraE cinza. Ora é uma retaOra perigosa curva,Ora estreitaOra larga.Ora pavimentadaOra crua. Imaginei que a estradaEstivesse livre,LimpaE seguraMas, um dia,Tornou-seÍngremeIncerta,AcidentadaE suja. Tinha a impressãoQue era longaA perder...
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Continuar lendoA DOR*
23 de ago de 2020
A DORPor Paulo Rebelo Ah!A dor que sintoé minha.Tão solitária,Tão visivelmenteEscondida. Quisera passarAdiante,Ser Dividida,CedidaDescartada,Perdida. TodaviaNão pode ser vendidaNem alugada.Não pode ser vividanem sentidapor ninguém.Não é egoísmo;é só minha. A minha dorNão tem nenhumValor para outrem,Exceto para mim.Apenas eu seiSeu...
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Continuar lendoALMA VIOLENTA*
20 de ago de 2020
A VIOLÊNCIAPor Paulo Rebelo Às vezes,Pergunto-meO porquêDe minhaViolência,Ora abertaOra velada;Pura inconsequência. Não faloDa violência física;É interiorÉ caricata,Que intimidaO outro machucaE maltrata. Falo sobreDe onde vemEssa fúriaVerbalizadaE profundaComo defesa. Apresenta-seEnrustida,Mas, de repente,Incontida,Explosiva. O confrontamentoDiário,Essa coisaDe subjulgarO próximoApenas no olhar.Inquieta-me.No comportamento,No...
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Continuar lendoA SINA* (versão reduzida)
18 de ago de 2020
A SINA(versão reduzida)Por Paulo Rebelo Assim vou me acabando.O tempo desfilandoDiante de meus olhos,Indiferente,InsensívelAo sofrimentoHumano. Quem me deraPudesse pará-lo.Mas, não há interruptor.Do tempo,Nunca fui senhor. É que o tempoÉ inconsequenteLevando tudo consigo,A dor,O amor.InclementeParece ditador. Assim,Irrefreável,Que nem águasÀ jusante...
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Continuar lendoANIMAL*
12 de ago de 2020
ANIMAL Às vezes,Não quero,Sei lá,Talvez, finjo,Não ter o malDentro de mim. PareceUm defeito de fábrica.Uma sabotagemOu ter nascido comigo. Por isso,A violência,Tanta inquietude,Tamanha desfaçatezEm meioA certa incontidaInocência. Pareço uma coisa,No fundo, sou outra.Quero escondê-loDesvencilhar-meDele,Mas continenteEle está lá em mimSilente....
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Continuar lendoUMA VIDA DE MIL ANOS*
24 de jul de 2020
UMA VIDA DE MIL ANOSPor Paulo Rebelo Eu já vivi centenas de anosAtravés das vidas alheias.Singrei todos os mares.Estive algures e alhures,Por isso sei tanto.Falo-te não com Soberba,Mas com infinita humildadeE grandeza da alma,Portanto não são bravatas. Meus olhos...
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Continuar lendoAMANTES NA DOR*
23 de jul de 2020
AMANTES NA DOR Acredite,A relação médico-pacienteQuando próximaDa perfeiçãoÉ mágica. É quando não há mais segredos.Acabaram os mistérios.Sem mais sortilégios,Sem medos. Tudo é revelado,Nada mais escondido. Assim,A relação com seus pacientesÉ como se fora entre amantes,Sem gênero humano,Que vão se...
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Continuar lendoEXISTÊNCIA*
18 de jul de 2020
A ESTRADAPor Paulo Rebelo A vida,Aquilo que se chama existênciaÉ assim:Uma caminhada sem fim,Ora extraordinária,Ora comum,Parece ter sentido,De repente,Não tem sentido nenhum. Às vezes,Solenemente,Ignoram-se fatos,Relevam-seAcontecimentos,Eclodem pensamentos. Então,Explodem sentimentos,Que experimentamosprofundamente,Que nos empurram em frenteUns, sofremos,Que escondemos.Mascaram-se outros.Sepultam-se outros tantos,Que engolindo,Nos...
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