AS ONDAS SONORAS DO AMOR*
AS ONDAS SONORAS DO AMOR
Eu já havia escutado o que ela tinha me dito, mas parecendo fingir não acreditar ou não ter escutado claramente aquela doce melodia, pedi que ela me repetisse mais uma vez para que eu tivesse a certeza e gozar daquele momento para sempre como numa cascata de sonhos, congelando-a no âmago de minha alma.
Então, ela olhou-me nos meus olhos, sorriu e disse pausadamente: “EU-TE-AA-MO!”
(assim tive a certeza que era por ela amado)
Paulo Rebelo, em Memórias sobre uma mulher (Bernadete)