ANÁLISE PSICANALÍTICA DO POETA*

A partir do gancho deixado pelo filósofo Aristoteles, quanto aos “sentimentos”, escreve Valdenilson Monteiro
“a poesia seria o “impulso do espírito humano para criar algo a partir de imaginação e dos sentimentos”.

Veja, do ponto de vista da psicanálise (e o sabes bem) quando o poeta diz:

“O que eles não sabem
é que faço e refaço
meus versos, inconscientemente,
como quem busca reescrever
a própria existência”, ele se revela dissimulado; no intimo, estranhamente, ele quer apagar (consertar) seus próprios erros do passado, que lhe assolam a consciência ou seja, trechos da sua vida os quais se envergonha e gostaria corrigir ou que sequer existissem, daí inconscientemente, a necessidade inescrutável de rescrever seus textos, que apenas de longe e indiretamente, revelam a sua história oculta nas entrelinhas de seus versos.
Acho que pude expressar o sentimento camuflado inconscientemente do poeta que, no intimo, poderia ser o meu próprio: metaforicamente, se eu pudesse refaria ou aboliria alguns acontecimentos de minha vida, tal qual o poeta rasura, censura ou suas frases ou parágrafos inteiro, até rasga o texto. Foi nesse sentido que escrevi o poema. Sobre meus críticos, isso é fictício; é cortina de fumaça para esconder a aflição incognoscível do poeta. Nada grave; poetas dramatizam demais! Ele trata suas angústias nos seus inefáveis versos; o seu alter ego (eu Paulo Rebelo ) no psicólogo, psicanalista ou com psiquiatra ou ainda melhor, com o apoio da família e amigos do peito (como tu) como companhia, sendo todo ouvidos e ombro amigo.
Nossa, como eu disse isso?! Foi inspiração provocada pela tua excelente colocação.
Faz sentido? Concordas?
Acho que vou escrever um poema a partir desse escrito.
Um forte abraço fraternal.

Paulo Rebelo

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