AMOR POR LULA*
AMOR POR LULA
Por Paulo Rebelo
Às vezes, quando vejo comentários de eleitores de LULA, exageradamente, elogiosos e proselitistas de seu terceiro governo, visivelmente, insatisfatório, pois está mal ou patinando em todos os stores da atividade pública, me pergunto: “como pode um indivíduo educado, civilizado, culto, inteligente, intelectualizado, sobretudo HONESTO, votar em um apedeuta e bandalha? É uma grande contradição, não? Chega a ser patético o arrazoado bem elaborado, eivado de sofismas e intrincados silogismos, que fazem para defender sua posição política e LULA, frequentemente, com agressiva veemencia. Vamos deixar de lado a massa inculta, mas igualmente, honesta, dependente do assistencialismo governmental, responsável diretamente por sua eleição apertada. 70% dos eleitores nordestinos votaram em LULA.
Curiosamente, o primeiro eleitor retro citado é o pequeno ou médio burguês, dito “socialista”, autointitulado “consciente”, “humanista” e ou “humanitário”, o que raramente o foi, em se tratando de burguesia, também, exceto por surtos episódicos de altruismo, piorando quando atribui-se superioridade moral e intelectual para ser o “curador do mundo”. A maioria dela é mesmo “para inglês ver”.
A explicação para tanto delirio está na projeção da imagem FAKE de LULA sobre si, criada mercadologicamente por DUDA MENDONÇA, e o seu modelo “LULA LIGHT”, após ter perdido três eleições presencias (COLOR e FHC-2X). Assim, o indivíduo dessa “classe média sonhadora” projeta sua imagem comum para o mundo através de LULA, segundo ela, o Pai dos Pobres, o maior presidente da história do Brasil, o grande estadista, “respeitado no mundo todo”. Aí esse burguês, pretensamente, já terá atingido o status de um “ser humano diferenciado”, que se importa pelo preto, pobre e favelado, indígena e o grupo LGBTQIA +, buscando distanciar-se da “burguesia bolsonarista golpista”: a “extrema direita”.
O brilhante marqueteiro baiano, grande estrategista repaginou LULA, mandando-lhe fazer barba e cabelo e trocar a sua camiseta surrada do FOICE & MARTELO por um terno RICARDO ALMEIDA (algo como um ARMANI dos trópicos). O golpe de mestre foi quando publicou a CARTA AO POVO BRASILEIRO (isso é história!), que conquistou definitivamente a banqueiros, empresários, comerciantes e a mente e os corações da incauta classe média, cansada de ser chamada por ele de egoista e indiferente ao sofrimento das minorias e , buscando acalmar mercado financeiro, prometendo não mexer nos fundamentos da economia nacional, obtidos às duras penas com o PLANO REAL. BINGO, foi eleito! Todavia, soberbo, passadas duas décadas, LULA, hoje, poderosíssimo, continua anacrônico e obsoleto; um indivíduo camaleônico, com o seu surrado discurso “BATE & CURA”, a depender da platéia. Diante de pobres das periferiase favelas, culpa o capitalismo, sobretudo o mercado financeiro e a “burguesia” pela pobreza, com a acirrada narrativa do “nós contra eles”; diante do rico, afagando o seu ego, o bajula, “buscando investimentos” para suas obras, construídas e não terminadas por empreiteiras amigas.
A grande diferença entre BOLSONARO e LULA, ambos personalistas, lados de uma mesma moeda, é que o histrionismo do primeiro, neoliberal, é perfeitamente controlado pela democracia, que dá conta de seus excessos; já o de LULA, “comunista”, claramente, já deixou implícito nas suas ações, que se utiliza da democracia, aparelhando-a e a corrompendo-a em prol de seu sistêmico projeto de poder, através do seu STF “: a democracia infestada pelo comunismo, disfarçado pelo retumbante narrativa de igualdade e justiça social, cujo modelo para si, já disse isso inúmeras vezes, é a CHINA e seu “capitalismo de estado”, apoiado numa risível “democracia relativa”, com controle da liberdade de expressão.
Alguém ainda contesta isso?
Paulo Rebelo, o Analista da Linha do Equador.
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