A VOLTA POR CIMA*
A manchete da matéria deveria ser assim:
“POBRES, PRETOS E RECALCADOS QUE DERAM A VOLTA POR CIMA”.
Artigo
“Um grupo de gente ex-fracassada com discurso de “eu sou pobre, porque o rico é rico”, resolveu falar abertamente de sua vida e seu passado de pobreza e “perseguição”, quando capitães do mato, até recentemente, os caçava nas periferias das grandes cidades.
Relatam suas penúrias pelas injustiças sofridas nos pontos de ônibus e nos ambientes chics onde eram mal vistos, bem como o reflexo disso; suas amarguras e com azedume natural de quem tem um terrível complexo de inferioridade. Hoje, essa gente faz parte da “nova” classe média, porém tem uma relação ambígua, porquanto enquanto detrata a “burguesia” e seus males, hoje, com bravata e jactância dela faz parte, pois lutou para chegar até ela, mas demagógica, curiosamemte, não aceita que se diga seja uma elite, se vê “diferente” desta, pois se julga mais humana e humanitária do que a maioria dos mortais, como se fosse possível nascer livre do pecado original da classe média, que segundo ela, deve ser extinta da face da terra, pois esnoba o pobre, preto e favelado e toda a penca de “vítimas da sociedade”, jamais tendo esquecido suas raízes”. Nega que tenha um comportamento hipócrita.
“Por isso, diz que agora está realizado e feliz e que suas conquistas devam ser expostas publicamente. É sua vingança atirar no rosto do “burguês racista” que é chegou lá, seu algoz desde sua vida intrauterina o seu sucesso que não deve nem a DEUS. Agora pode frequentar todos ambientes chics da burguesia, porque tem dinheiro”.
Eu vejo com tristeza essa pobreza de espírito. Fui vencido pelo discurso de rancor desse povo e seus simpatizantes. A mania de perseguição demonstra necessidade de tratamento psicanalítico e psicológico.