A URBANIZAÇÃO DA INDIGNIDADE*

A URBANIZAÇÃO DA INDIGNIDADE HUMANA
Por Paulo Rebelo

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O apologista do campo do “Direito da Igualdade” com seu arguto “olhar humanitário”, ferrenho adepto do Policamente Correto, denuncia desigualdades sociais em todos os níveis sociais, até mesmo dentro das favelas, onde a maioria das mazelas recairíam, segundo ele, mais sobre o negro, historicamente, inferiorizado.

Obviamente, é um discurso tendencioso já na premissa, pois logicamente pretos e pardos são a maioria no Brasil. Portanto, a conta é diretamente proporcional.

Afinal, quem é esse proponente das “Igualdades”? Qual o seu perfil politico-social? Qual é o seu propósito, exatamente?

A resposta é direta e chega a ser risível. Geralmente, é um apóstolo dos “direitos humanos”, acadêmico, inteligente e intelectual, de conhecimento “holístico”, mas limitado pelo discurso anticapitalista e antiimperalista, do meio artístico, não necessariamente culto, quando basicamente, apregoa que “o pobre é pobre por causa da burguesia, de gente como eu, médico, mote que agora apenas reproduzo, lamentavelmente.

O discurso “revelador”, ao mesmo tempo que confrontador, esbararra em meias verdades e realidades contraditórias.

Destacamos o caso das endêmicas favelas brasileiras, especificamente.

Sempre “politicamente correto”, ele não condena a favela, mas relativiza a miséria; ele não é contra a favela nem contra a favelização das cidades, haja vista ser direito do cidadão à moradia, ainda que seja sob condições indígnas. Ele é contra quem fala mal delas, denunciando-o por elitismo e racismo. O que importa é o homem, segundo o “socialista”! Pois, de lá, saem grandes surpresas!

A urbanização das favelas é um mal! É um sortilégio social; é como tornar a cela de um presídio, tanto faz a cor da pele do presidiário, igualmente, “habitável e digna”, todavia cujas liberdades individuais e direitos fundamentais do homem continuariam sendo muito limitados. A favela é um crime social.

A romantização da paisagem das favelas em frente ao mar, do funk, sambas, mas não da vida miserável, escamoteando o seu completo abandono e da violência, é o grande artifício da esquerda manipuladora e direita populista para fazer com que todos se sintam iguais numa comunidade diante da impotência do Estado quanto aos direitos fundamentais do homem, tangeciando o direito à uma vida decente, no lugar, oferecendo-lhe, maquiagem de moradia.

A troco de que a falácia do embelezamento estético e poético de uma favela se o que ela produz é mais dor do que calor humano? Esperança de dias melhores? Isso é pouco ou nada.

Como todos são nivelados por baixo pela carência absoluta de tudo, sendo assim, não haveria como falar em “privilegiados”, por isso, nesse aspecto, a favela não incomoda ao favelado e a quem está distante como a “burguesia” , incomoda menos ainda, exceto pela bala perdida e o antiesteticismo da paisagem chocantemente empobrecida, farta matéria para o socialismo.

Triste!

Paulo Rebelo

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