A TUA DOR*

A TUA DOR

Entendo a tua dor.
Essa coisa física,
Companheira,
Que te alimenta,
Que te consome
Ardendo no teu seio,
E te exaure pouco a pouco…

Dialogo com ela,
Pois ela é como a minha;
Solitária,
Ciclotímica.

Ora calma,
silenciosa,
Amarga,
Infecunda,
Ora neurótica,
Rebelde,
Intensa e
E profunda.

Ela quer gritar
Eu posso sentir…

Paulo Rebelo, poeta Fin de Siècle.

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