A RESPEITO DE PAULO FREIRE*

Malcolm S, parabéns pelo mestrado; isso é louvável, mas deixe de pavulagem, pfvr. Não personalize a questão. Isso é supremacia intelectual e medição barata de forças com a pessoa errada. O meu post foi provocativo apenas. Não sou jovem, exceto na mente. Ao longo de 66 anos de vida, amealhei muito conhecimento e experiência. Agora, se me permitires, aproveitarei a oportunidade para fazer uma breve colocação e questionamentos, já que és entusiasta de Paulo Freire, se estiveres disposto a me “escutar” e responder, o que seria interessante e útil.
O mundo (ainda) é eurocêntrico (até os chineses comunistas se encantaram pelo capitalismo e alguns modismos da democracia) e assim o será durante este século XXI. Todavia, o Iluminismo veio para corrigir as distorções políticas, econômicas e sociais europeias e mundiais. Caíram o absolutismo e reinados, abalou a Igreja Católica (Deus quase morreu); surgiram as grandes revoluções.

Algo interessante ocorre aqui neste post: primeiramente, é impressionante a importância que se dá a um comentário desastrado de um “ex-aluno”, “influencer”, por parte de historiadores e professores brasileiros nesta página virtual, de várias matizes ideológicas, majoritariamente, de viés “esquerdista”, destilando pedantismo que, geralmente, nunca visitaram os sítios/lugares de monumentais acontecimentos históricos, digo, na Europa clássica e medieval e moderna e África escravizada (como eu já visitei). São os mesmos que cometem básicos equívocos conceituais nos livros históricos didáticos e em seus trabalhos acadêmicos, até erros crassos de português, que o alunado lê e outros jovens pesquisadores os perpetuam.
Em segundo lugar, fui aluno no auge da ditadura militar, cujas disciplinas de História e Geografia eram “insípidas” (pouco ou nada se aprendia); apresentavam-se apenas fatos de interesse limitado ou tendenciosos. Era para decorar apenas. Jamais aceitei isso. Não havia a metodologia conceitual. Era o auge do “milagre econômico”, “quando o Brasil crescia a uma China” por ano durante 10 anos e foi tricampeão de futebol no México. A mudança radical do ensino para melhor foi com a redemocratização do país. Ocorre que, durante os 20 anos de regime militar, o Brasil estava “emburrecido”, mas ávido por se manifestar politicamente. Nessa época, (re)apareceram os perseguidos ou foram ressuscitados os exilados políticos. Paulo Freire foi um deles. Nesse quesito, do campo de vista acadêmico, seu interessante método de ensino jamais foi posto à prova cientificamente, exceto teórica e de modo muito limitado; nunca foi aplicado em larga escala no Brasil nem no Primeiro Mundo. O reconhecimento mundial decorre de seus pares internacionais, que desde a Guerra do Vitnam já buscavam o revisionismo histórico e denunciavam os males e contradições do capitalismo e o paradoxo da democracia, que relegavam o pobre ao segundo plano, incapazes de criar igualdade e justiça sociais. A estes, o comunismo parecia ser a saída. Assisti alguns raros vídeos de Paulo Freire, em que prolixo ou enfatuado, professava sua atração pelo comunismo, que louvava abertamente, e que era miscigenado por um academicismo bem elaborado, leia-se, sofismático, quando não eivado de falsos ou naïves silogismos, que seduziram discentes e docentes universitários, contaminando a pura ciência, ao meu ver, perdendo credibilidade ou força.
Assim, quando assisto o HADDAD, a Marina Silva ou o Silvio Almeida, em eventos mundiais em DAVOS ou durante as COP’s, falando mesmices e obviedades, “estilo Greta Thunberg”, ainda mais sem saberem se expressar na língua inglesa (que até os chineses se dobraram diante de sua necessidade), sinto que o Brasil ainda precisa baixar a bola com seu deslumbramento progressista, mesclado com ufanismo e ignorância. Assim, para terminar, eu lhe pergunto três coisas: 1- Por que essa adoração desmedida por Paulo Freire, sendo que a maioria jovem de professores e alunos não o conheceram? 2- Qual o seu legado prático, além do teórico? (A educação está de mal a pior) 3- Agora, honestamente, como alguém que se diz educado, civilizado, culto, inteligente e intelectualizado, sem sombra de dúvida, honesto, ainda é capaz de votar em um antípoda seu, um apedeuta, ser humano rude e bandalha como o LOLA?
Um abraço fraternal, professor.

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