A OBRA-prólogo*
A escrita nasceu insidiosamente na minha vida a partir da necessidade profissional cotidiana.
Como lidar com incapacidade física ou mental, invalidez permanente de alguém ou a morte certa de pacientes e a repercussão disso sobre seus entes queridos?
Desde cedo, como jovem médico, fui confrontado com a dor alheia física e emocional. Como observador privilegiado, me vi diante de densos e profundos sentimentos que em última instância poderiam ser os meus próprios. Por exemplo: como dizer a uma pessoa da sua condição médica, se terminal, por exemplo? Tornou-se impossível ficar indiferente a tanto sofrimento.
Que habilidades técnicas e emocionais eu deveria ter para abordar esses assuntos com os que sofrem e os necessitados?
Desde então, passei não somente refletir sobre isso como fazer anotações e guardá-las. Quando possível, conversava com colegas mais experientes sobre as nuances e aspectos relevantes dos casos que enfrentava. Eram coisas subliminares da relação médico-paciente que não aprendemos durante o curso médico nem consta como nota de roda pé dos grandes tratados médicos: como lidar com o medo da morte, por exemplo.
Com o tempo, estava escrevendo sobre a condição humana, por conseguinte a minha própria; uma profunda auto descoberta e libertação. Em seguida, passei a escrever contos e crônicas sobre os casos clínicos que marcaram a minha vida médica.
À medida que resolvia as questões retro citadas, amadureci, inclusive, literariamente, ganhando experiência para escrever sobre uma diversidade de assuntos que nos afetam indiretamente, ligados ao cotidiano como por exemplo, a internet e mídias sociais.
Após duas décadas, tomei a decisão de compilar meus textos mais curiosos ou relevantes e lançá-los no livro ” A GALOPE-em busca da razão”, quando imaginei um homem a cavalo, aflito galopando em busca de respostas para a sua vida, algo cuja resposta, talvez, nesse mundo jamais encontre.
O propósito do livro não é encontrar respostas, mas levantar questões através da exposição de situações clínicas reais, despertando no leitor a curiosidade ou a vontade de buscar a ele as respostas, por conseguinte aprendizado para vida cotidiana.
Os assuntos foram dividos em cinco blocos distintos:
1-AS DORES DA ALMA;
2-AS DORES DO CORPO;
3-AS DORES DO MUNDO;
4-GOTAS POÉTICAS;
5-GOTAS DE HUMOR.
Agradeço a atenção.
Boa leitura!
Gostei. A partir de hoje, vou mergulhar nas leituras. Com certeza irei me identificar com algumas das propostas poéticas. De licença prêmio, encontrei algo prazeroso para fazer enquanto livre das cobranças que me são peculiar. Agradeço!
Q bom. Divirta-se. As “frases” dizem respeito ao cotidiano; já “contos, crônicas, poemas e poesias” sao coisas da alma.
Muito obrigado pelo carinho!!!
É estimulante p o autor!