A JUSTIÇA*
“As pessoas que tanto lutam pela aplicação da lei para todos indistintamente são as mesmas que não desejam os seus rigores aplicados quando para si”.
“A JUSTIÇA se agiganta diante do ladrão de galinha, mas apequena-se diante do ladrão da NAÇÃO”.
Paulo Rebelo
“A JUSTIÇA é impiedosa com o homem que furta três bolachas para matar a fome, mas é covarde diante do homem que mata a nação de fome”.
Paulo Rebelo
“A JUSTIÇA, curiosamente, chama o RÉU carinhosamente de um PACIENTE, sem dúvidas, se referindo à algum doente mental”.
Paulo Rebelo
À LUZ DA RIBALTA, a JUSTIÇA vende uma imagem de equilíbrio, mas nos bastidores é uma perigosa FOGUEIRA DAS VAIDADES, permeável à influências pessoais e do âmbito de amizades e conchavos.
A JUSTIÇA PERVERSA
O povo é um eterno pobre ignorante, mas o que ainda lhe resta é a dignidade, muitas vezes, bem maior do que a da classe abastada que parece desconhecer, muitas vezes, o que seja esse atributo.
Um crime perpetrado por essa gente diferenciada não pode receber pomposas interpretações acadêmicas a tal ponto em que aquele real praticante do ato delituoso, acumpliciado com poder jurídico, de antemão já é tido como inocente, pela presunção da inocência, passe ao papel de “vítima de acusações levianas” e da própria lei, repleta de brechas ou elisões e a vítima real, por conta desse preciosismo, numa incrível inversão de papéis, torne-se o criminoso.
A JUSTIÇA ESQUIZOIDE.
A lei é para o cidadão de bem; o que sobrar dela ou o reverso dela, é para o criminoso; este não entende nada de ordenamento jurídico, mas o aprecia a seu favor. Teme apenas a Lei de Talião.
Essas massagens acadêmicas que são belas teses para libertar ou inocentar criminosos satisfazem apenas o ego jurídico de seus proponentes. Não devem ser a regra geral; é exceção. O povo não entende nem tampouco aceita elucubrações dos doutos na arte das divagações, peripécias e malabarismo da alta magistratura que parecem ridicularizar e subestimar o que ética e moral cotidianas.
Paulo Rebelo
“Até a Constituição Brasileira carrega um viés reacionário e autoritário, próprio de uma nação há séculos subjugada pelos seus vícios sociopolíticos insanáveis que busca corrigir. É tão sedutora quanto verborrágica, a ponto de ser ignorada e completamente desrespeitada, desde autoridades até cidadãos”.
Paulo Rebelo
“A justiça brasileira, cujo modelo é a corte suprema, é proselitista ao conceituar-se moderna e advinda dos mais lídimos ideais democráticos ocidentais e ao mesmo tempo, demagógica ao afirmar que julga ricos e pobres da mesma forma”.
Paulo Rebelo
As peripécias e malabarismos jurídicos em torno de LULA e suas análises subsequentes com direito à réplica e treplicas a perder de vista, demonstram o quão vulneráveis somos à sugestionabilidade do convencimento externo, através de ideias sedutoras e contraditoriamente absurdas, muita vez, levando-nos às paixões desenfreadas na sua defesa, cujas consequências são temerosamente previsíveis.
Paulo Rebelo
A DIFERENÇA ENTRE A JUSTIÇA NACIONAL E AMERICANA
Apesar de minha origem e orgulho amazônicos, o meu atavismo anglo-saxão me faz pensar como tal. Para esse povo a lei difere da nossa.
O americano não é condescendente nem paternalista como o brasileiro. A justiça de lá recorre ao JÚRI POPULAR, pois esse é menos sujeito aos casuísmos e lambanças que ora assistimos. Sua justiça tem inspiração diversa da nossa que é romana. É de forte tradição protestante; o que vale dizer que o indivíduo deve pagar inapelavelmente pelo crime cometido. Vem de lá o termo ZERO TOLERANCE, confundido com autoritarismo pela esquerda ou por uma sociedade permissiva, permissividade essa e relativismo que estão dentro do judiciário, cuja moda atual é conceder “prisão domiciliar”, uma troca de favores e gentilezas entre magistrados e políticos.
Nos EUA, há os excessos, sim, e condenáveis: tem a maior população carcerária do mundo. Há prisão perpétua, cadeira elétrica, injeção letal, invasão de países e bombardeios. Algo está muito errado nessa maior casa da democracia e liberdade. Adianto-lhe que essa truculência remonta ao velho oeste.
Todavia, aqui temos a tentação de fazer justiça pelas próprias mão, pois não acreditamos na nossa justiça e lá o povo adora ver o PERP WALK (perpetrator walk), traduzido por caminhada do criminoso, onde o indivíduo é apresentado à justiça, tendo passado pelo corredor da imprensa e o povo.
A ESTRELA DO MAL
Aquele magistrado que se acumplicia com o mal, equivoca-se ao imaginar que possa dobrá-lo e colocá-lo no caminho do bem ou sob controle. Ousado e conservador ao mesmo tempo, o judiciário tem pressa para mudar as coisas para deixá-las do jeito que estão. Privilégios por lei não se discutem. Por que submeter a nação aos ventos traumáticos da mudança se tudo pode ser acomodado na calada da noite, acalmando seus amigos?
A JUSTIÇA entre os magistrados é como luta de Queda de Braço; a diferença é que ocorre irresponsavelmente por canetadas.