A INIMAGINÁVEL VIDA FORA DO OCIDENTE*
A INIMAGINÁVEL VIDA FORA DO OCIDENTE
O mal, em última análise, advém da própria ignorância do homem. E a ignorância quanto à dimensão de acontecimentos históricos e o seu condicionamento temporal para que estes surjam é a raiz para explicar a complexa relação ambígua entre parte da população dita esclarecida, descendentes de nativos de nações colonizadas e seus colonizadores, estes vistos injustamente como verdadeiros vilões e perpetradores de crimes contra a humanidade e todas as suas mazelas atuais dos territórios descobertos.
O problema começou na colonização desses imensos espaços físicos e as profundas transformações ocorridas a partir daí. Na época das grandes navegações, as nações europeias buscavam abrir rotas, colonizar e consolidar novos territórios para manterem-se soberanas e supremacistas, extrair ouro e prata.
A economia era baseada no acúmulo de metais conhecida como metalismo. A busca desenfreada por esses metais e outras riquezas como a madeira, seda e especiarias, dado ao modelo econômico predatório, era sem limites e acabou gerando pobreza local e profundos ressentimentos em relação aos europeus (e americanos, no século XX), ao longo dos últimos 300 anos pelo genocídio indígena, pela escravização do negro traficado, pela destruição do meio ambiente e dilapidação de riquezas culturais e religiosas, que são fenômenos negativos daquele tempo histórico, cujos reflexos dessa colonização repercutem até os dias atuais, na forma de xenofobia e clara rejeição, muitas vezes irracionais, aos próprios valores das civilizações ocidentais, dos quais vive plena e permanente.
A grande contradição nacional, refletida na forma de desconcertante e agressiva ignorância é a inconcebível rejeição ao primeiro mundo e seu fantástico legado por parte de acadêmicos, intelectuais, sindicalistas e estudantes, professores, ignorando ou desconhecendo os grandiosos avanços nas artes, ciências e literatura na Europa e EUA, principalmente à luz do ILUMINISMO e com a REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, que de uma maneira ou de outra, se irradiaram para o mundo, iluminando-nos definitivamente.
Portanto, em que pese todas as críticas pertinentes quanto à exploração desenfreada das nações desenvolvidas praticada na África e Ásia e Américas, no fiel da balança, é visível a enorme herança deixada pelos colonizadores em todos os campos do conhecimento humano, sendo injusto atribuir à eles toda a miséria e injustiça social atual das nações em desenvolvimento, incluindo, quanto aos governos democráticos corruptos e capitalismo predatório locais, o que é uma completa aberração, indicando incapacidade de compreensão da história mundial, o que provoca nos que se sentem injustiçados, o desejo da ingênua, porém perigosa aventura socialista como forma de redenção pessoal e fazer justiça social universal.
(Paulo Rebelo)
A PSICOLOGIA para o OPRIMIDO
Por Paulo Rebelo
Ao ler um texto conciso e objetivo da “PEDAGOGIA DOS OPRIMIDOS de PAULO FREIRE, escrito por um simpatizante seu, a gente entende o fascínio dessa verdadeira ODE AO VITIMISMO, exercido pela esquerda.
A verborragia da ideologia de verve persecutória e opressiva do forte sobre o fraco sob influência de KARL MARX, faz sucesso e escola entre intelectuais dos países subdesenvolvidos aos desenvolvidos.
É o discurso para os fracassados, que se julgam vítimas do “sistema”, justificando o porquê jamais se conseguiu mudar o mundo educacional subdesenvolvido para melhor, a não ser no campo das ideias intangíveis, completamente em descompasso com o mundo atual, inspirador numa época de agudos contrastes ideológicos.
O fim do fracasso é o desaparecimento da memória coletiva.
Paulo Rebelo