A FESTA (ele voltou!)*

A FESTA (ele voltou!)

O PT assemelha-se aquele cara popular do bairro, que depois de ganhar algum dinheiro na agiotagem, enricou e resolveu dar uma grande festa aos amigos, o povo conhecido do bairro, mas, também, demonstrar certa pose e ostentação e aumentar ali o seu EGO e raio de influência no bairro. Ele consegui durante um bom tempo. Passou a ser cortejado e bajulado por políticos, comerciantes e empresários que viam nele grande potencial para fazer negócios através da política, especialmente, populista.

Assim ele fez; a festa foi um sucesso, sendo falada por toda cidade. Estava muito bonita e concorrida, com tudo de bom que aquela gente nunca tinha vivido. A banda era boa e tinha música para todo gosto; pagode, sertanejo, HIP HOP, rap e Pancadão do FUNK.

Vieram os convidados e destes, igualmente famintos, mais convidados, mas ele não estava preocupado com o excesso de gente. Quanto mais melhor. Ocorre que lá pelas tantas começou a faltar de de tudo: cerveja, churrasquinho de gato, água, feijoada e refrigerantes e de inquietas e desconfortáveis, as pessoas insatisfeitas passaram a se queixar à boca pequena. Não tinha comida para todos.

Começaram a diminuir as porções do prato feito. Em vez de cerveja e refrigerantes, apenas água. Passou a servir “pão com mortadela” e TANG ralo.

Às pressas, o cara passou o pires entre os amigos e comerciantes locais que já haviam prestigiado e apoiado o evento e que a contra gosto, agora, já achavam que era demais. Negaram; o retorno era pouco e arriscado.

A música acabou, a casa caiu; em resumo, o cara prometeu algo e não cumpriu, mesmo com a grande festa ilusória dessa gente que teve “um dia de rei e rainha”.

O POVO, já de porre, foi saudoso para casa, com o gosto de quero mais, pois mesmo iludidos, tudo havia sido tão real; nunca tinham tido nada igual na vida.

Até hoje, contudo, curiosamente, para grande parte dos convidados, a maioria moradora de bairros proletariados, como nunca tinha se empanturrado de tanta comida, tipo restaurante popular a quilo e sem pagar nada, cerveja, pinga, refrigerante e guloseimas à vontade, adoraram a festança, pois completamente bêbado, o povo nem reparou no que ocorria de fato; a festa já tinha acabado faz tempo.

O fato é que, após a longa ressaca, o povo lembra da festança, desejando que o cara volte para a fazer uma festa do arromba ainda maior do que daquela, mais uma vez.

Disseram que o cara teria viajado para fazer negócios na CHINA, mas na verdade, ele esteve preso por corrupção; o dinheiro era roubado. O povo bem que ouviu um zum zum zum, mas não acreditou. Para quê?

O povo diz que é inveja do cara e que ninguém nunca fez nada igual por ele, chamado Pai dos Pobres e, portanto, sente muitas saudades daquela pândega inesquecível.

Vivem dizendo: “volta, cara, você é “O CARA”, desejando mais festa até caírem bêbados de novo!

Paulo Rebelo, o médico poeta.

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