A BURGUESIA SOCIALISTA*
A burguesia socialista
Há um grupo expressivo de gente socialite dentro da chamada burguesia esclarecida ou “consciente” que busca abertamente transmutar-se de sua imagem de elitista para aquela de um ativista social engajado nas lutas públicas e com isso, parecer mais palatável ao povo, o lídimo representante midiático das classes inferiores.
Não é ledo engano!
Pois, o burguês “socialista” é um ladino; oportunista, o fantoche no ativismo social de ocasião, o “soft power” que transita fácil entre as mesas de restaurantes estrelados com ricos e rodas de sambas com pobres, verdadeiro “aviãozinho” e traficante das demandas de ambas as classes, angariando assim popularidade e farto dinheiro do merchandising com seu nome sempre em evidência.
Demagogo, sem nenhum constrangimento, para não perder a boquinha econômica e de visibilidade na mídia e não se queimar com o povo que o segue já desconfiado, age milimetricamente no limite inferior das tábuas da moral da esquerda e direita, criando uma fictícia agenda comum às duas, como se fosse possível unir gregos e troianos, na chamada ZONA CINZA, cuja ação é inócua, mas que fede ao longe.
Paulo Rebelo, o médico poeta.