A ARTE DAS PERIFERIAS*
A “arte periférica”, também, parece carecer de ajuda para ser aceita na sociedade; precisa de algum tipo de “sistema de cotas culturais”. Com esse “empurrãozinho”, é a bolha explodindo nas mídias, geralmente, lixo reciclado na forma de arte. E, ai daquele que não vê isso como arte; é logo rotulado como “racista”, “etnofóbico” e “elitista”. A “artistaria” nacional e jornalista, isto é, a intelligentsia socialista se encarrega de fazer crítica positiva e propaganda, como o dessa matéria, eivada de clichês ideológicos. Lixo vira objeto de consumo, por exemplo, como o FUNK, que é agora é Movimento Cultural Carioca, sancionado com o DIA DO FUNK por Lula. O fato é que se a pobreza não consegue ser eliminada pelo socialismo, se o pobre, preto, favelado e congêneres não melhoram socialmente, então, que tal a burguesia “socialista”, autointitulada “esclarecida”, paternalista e condescendente, baixar a altura do sarrafo para caber todo o tipo de manifestação, que venha das favelas e periferias brasileiras? Isso seria justiça social! Vamos enchê-las de vão orgulho, melhorando sua autoestima, e não suas geladeiras e despensas cheias de comida. Ainda sou do tempo em que o SAMBA, o BLUE e o TANGO ganharam aceitaçao e projeção na sociedade pela qualidade de suas músicas e intérpretes, e não pelo patética apelo das periferias para serem “reconhecidas” . A pergunta é: suponhamos que essa obra, que simboliza a matéria fosse realmente arte, alguém a compraria e a colocaria na sala de estar de sua casa. Pessoalmente, eu não. O paradoxo disso tudo é que esse grupo de artistas expõe publicamente seus males, infligidos pela própria sociedade, que querem conquistar, inclusive, financeiramente, e afrontando-a, dizendo: tu és a causa de meu sofrimento!