O CARA PÁLIDA*
O CARA PÁLIDA
Por Paulo Rebelo
A saída para o drama racial nacional como é apresentado à exaustão é a ironia e piada, próprios do brasileiro de todas as cores, não em relação ao racismo existente no Brasil, mas quanto ao rumo que sua luta contra esse mal está tomando. A turma dos proponentes e simpatizantes da igualdade racial, à guisa de fazer justiça racial, espalham um verdadeiro boato de que existe “racismo estrutural” ou “sistêmico” e que o racismo estaria no DNA de cada brasileiro. Um exagero; jogo de cena. É vergonhoso, também, dizer que o racismo aqui é pior do que nos EUA porque é velado.
Isso é sofisma e beira à má fé. O BRASIL jamais produzirá um Martin Luther King, um Nelson Mandela, um Malcolm X, uma Angela Davis ou Rosa Parker, um advogado militante negro como Marshall ou uma grande instituição com a NAACP (Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor)ou ainda um SPIKE LEE, porque simplesmente, não há um dramático enredo racial no Brasil como nos EUA ou África do Sul para produzir essas grandes personalidades em nível mundial, pelo contrário, aqui se desenterra ZUMBI DOS PALMARES e Marielle “VIVE” para encontrar um porta-bandeira p igualdade e justiça racial ou ainda figuras “globais” como Taís Araújo e Camila Pitanga para ficar repetindo até saturar que a sociedade brasileira é racista. Nao cola. A GLOBO antes elitista, quem diria, agora virou porta-voz das minorias (isso porque a classes A e B já estão saturadas de tanta mesmice, preferindo a internet e filmes por assinatura e etc), colocando a inexperiente MAJU, “usada” como imagem de igualdade racial, âncora do JORNAL HOJE, muito distante de uma Glória Maria, esta um belo exemplo de ser humano. Para demonstrar o quanto a GLOBO se adequa aos novos tempos e manipula para manter-se viva e ainda conduzindo socio-cultural e politicamente o país, até a GLOBELEZA, vitrine da exploração da mulher e negra, completamente nua, no carnaval passado estava vestida pode?! E, quem não se lembra de os BRAUNS e do ESQUENTA tirados do ar pela baixa audiência até para as classes inferiores, quiçá para superiores? Uma patética forçação de barra. E, antes q eu receba críticas, para finalizar jamais neguei que houvesse o racismo no Brasil; algumas pessoas são racistas, sim, e não são poucas. Todavia, até diria que a sociedade brasileira, sim, comparativamente, é 10x mais homofóbica, pois homens e o que é pior, mulheres são homofóbicos. Isso, sim, é negativo para a sociedade. Uma praga. Racismo é sério e deve ser combatido sem sensacionalismo na forma da lei, pois é assustador assistir gente comum ou estelar (que serei obrigado a identificar agora como preta), dizer “sou preto-a ou negro-a” antes mesmo de dizer o seu nome ou nem dizê-lo como auto afirmação, referindo-se ao restante da população como “gente branca”, simplesmente, ignorando os 44% dos pardos como eu, que não compram esse discurso falacioso e divisionista, pois do jeito que as coisas estão (sou voto vencido) daqui a pouco o “branco” será um brasileiro intruso e acuado como está, não bem-vindo no próprio país; no futuro, ridicularmente chamado de cara pálida.
Eu não pretendia digitar tanto, mas a matéria e alguns comentários me despertaram para o assunto racial.
Paulo Rebelo, médico.