UOMO ET ORBI*
O PARADOXO
Apesar do espetacular desenvolvimento intelectual do homem a partir do ILUMINISMO, deslocando DEUS do centro de sua vida e que o acusava de muitos pecados, assumindo o caráter UOMO et ORBI, ao homem e ao universo, este ainda encontra dificuldades para situar-se no mundo e exercer o seu papel como verdadeiro agente transformador, agravado pelo seu egocentrismo, paradoxalmente, criado, ao mesmo tempo que era libertado das trevas da ignorância. É como se ele agora se perguntasse: “sim, estou livre, afastei DEUS de minha vida, pois punia minha consciência, mas para quê?”
Paulo Rebelo, o intérprete do tempo.