O EQUILIBRISTA*

O EQUILIBRISTA
Por Paulo Rebelo

Atravessava
Um desfiladeiro,
Cujo vão era
enorme,
A profundidade era grande.
Ventava muito,
Era um vento forte.
Fazia frio
Vento norte.

O cabo de aço balançava,
Chovia.
A vara de equilíbrio não ajudava,
O céu estremecia
.

Imaginava ser
O maior equilibrista
Da face da terra
Dessa era,
Mas pela primeira vez
Na vida, eu tive medo,
Medo de cair,
Medo de morrer,
De deixar de viver.

De que vale o título
De maior equilibrista
que já existiu na face da terra,
Que o mundo já viu,
Ser o Super Homem
se um dia eu mesmo duvidei de mim?

Aprendi que sou apenas humano.

Paulo Rebelo, o escrevente do tempo

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