A GRANDE SURPRESA*

 

Ao chegar a casa por volta das nove e trinta da noite encontrei a casa as escuras. Entrei e vi que apenas as luzes da cozinha e do quarto dos filhos estavam acesas. Dirigi-me ao meu quarto, mas na porta o meu filho de 12 anos me impediu de entrar e disse apontando para a cama de casal: “SURPRESA!”.

 

Há dias os três filhos e a mãe diziam que iriam comprar um cachorrinho preto, algo que eu terminantemente não queria. Já tinha até nome: Milu. Então, vi aquela coisinha peluda e preta debaixo do edredom.

 

Aborrecido, dei uma sacudidela no animal, mas ao invés de ouvir o “au, au”, despertei o choro de um neném!

 

“Meu DEUS, o que é isso?!”, perguntei abismado. Ele: “a neném!”. “Ora, isso eu sei! Cadê a tua mãe? Por que essa criança ‘tá aqui? A tua mãe não é de tomar conta de filhos de ninguém!”, exclamei.

 

Ao que ele disse: “calma, pipito, ela é nossa irmã, sua filhinha!”.

 

Então, emocionado pensei: “meu DEUS, é minha filha!” e sem dizer mais nada, deitei a seu lado e chorei!

 

 

 

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