A GALOPE*

A GALOPE

Acordo,
Porém já não sei mais se é de dia ou se é de noite.
Então, por que despertar-me?
Pois, o meu maior bem é o que ainda me resta de sono acumulado dentro de mim, para resgatar minhas forças como um tesouro imerso nas profundezas do oceano.

Sei que a situação que desesperadamente vivi não passou de mais um pesadelo,
Do tipo como um animal correndo a galope atrás de mim.
E assim, volto a tentar dormir, 
Buscando refúgio em sonhos idílicos, 
Mas é tarde;
Não mais consigo dormir; o sono simplesmente me abandonou.

Agora, desperto, já de olhos bem abertos, 
Experimentando em meu corpo as dores do mundo,
Algumas tão próximas e outras pungentes tão distantes de mim,
Que sinto a urgente necessidade de curá-las nessa terra ao meu redor.

Dei-me conta que o pesadelo que tanto assola minha vida 
Em verdade, é aquele desse mundo que habita o meu ser como uma assombração interior.

Assim para vencer o medo da morte, antes é necessário ter em paz comigo mesmo, matando meus próprios fantasmas interiores para em busca da paz no mundo que agora por ela lutarei.

 

 

 

 

 

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