Agradeço o comentário. Eu vou re-elaborar o meu comentário, que foi um “click bait” apenas diante dos comentários depreciativos contra quem dela discorda”.
A respeito do vídeo, tenho a dizer o seguinte: primeiramente, manifestar a minha empatia pelo racismo sofrido por essa senhora a vida inteira. Há ressentimento na sua exposição acadêmica, portanto ideológica.
Lamento muitíssimo pelo seu drama pessoal. Não deve ter sido fácil.
A minha crítica ocorre pelo fato dela extrapolar sua vivência estritamente pessoal e acadêmica ou intelectual para impor sua visão particular de mundo, em especial, no campo do “racismo estrutural” como se isso fosse algo generalizado ou sistêmico no Brasil. Não é! O seu arrazoado bem elaborado é sofismático e repleto de silogismos políticos, que seduz os incautos. Todavia, proponentes da igualdade racial e formadores de opinião pública de verve socialista buscam incutir esse conceito, despertando na sociedade brasileira o divisionismo racial, e no mínimo, estão conseguindo causar desconforto na população profundamente miscigenada, que não engole tanto rancor.
A sua experiência está longe de traduzir a minha. A minha crítica a ela advém de três fatores, sendo um de natureza pessoal e os dois outros gerais:
1-Sou mestiço amazônico; uma miscigenação de indígena, negro (minha tia-avô cafuza era Mãe-de-Santo) e europeia (meu sobre é Campbell de antepassados escoceses). Nunca testemunhei nem senti na pele o “racismo estrutural”;
A mudança da mentalidade brasileira, que deixou de cultivar o “homem cordial” foi ocorrendo paulatinamente após a Redemocratização do Brasil. Até então, a terminologia importada como “racismo estrutural” e sistema de cotas raciais não existia.
2-A partir da abertura democrática e a estabilidade econômica do Real na década de 80, várias personalidades estrangeiras vieram testemunhar “in loco” o mito da famosa igualdade racial no Brasil e a desmitificaram. Spike Lee (cineasta de Faça a coisa certa) foi um deles. Por outro lado, Condoleeza Rice (Secretária de Estado dos EUA), ficou maravilhada com a miscigenação racial do Brasil na Bahia, e Bob Marley (mestiço), disse que o Brasil era um país complexo demais. Muitos deles, baseados nas suas experiências pessoais em seus países, começaram a questionar o mito da igualdade racial no Brasil e despertar a crítica nacional: “o Brasil tem racismo estrutural! Alguns chegam a dizer que o racismo aqui é pior do que nos EUA, evidentemente, um exagero;
3-Após a ANISTIA em 1979, acadêmicos, intelectuais, educadores, grandes brasileiros como FHC, Betinho, Gabeira, Bizzola, Darci Ribeiro, Florestan Fernandes, Paulo Freire, exilados, refugiados e dissidentes políticos de verve comunista retornaram ao Brasil e passaram ocupar todos os espaços de informação e conhecimento da sociedade brasileira, em especial, as universidades públicas, exercendo influência intelectual e comportamental sobre a sociedade brasileira movendo-o à esquerda ideologicamente.
A sociedade brasileira (parte) já estava contaminada pelo socialismo desde a Revolução Cubana, que reacendeu o anti-capitalismo e anti-imperialismo, hoje, repaginado de progressimo e sua agenda globalista do SUL GLOBAL e tudo que isso possa significar.
Assim o Brasil continua sendo manipulado externamente. É uma forma de controle da soberania nacional. A miscigenação racial brasileira incomum era uma das poucas coisas que nós trazia identidade, mas com a política do “nós contra eles”, é bom haver ricos x pobres, negros x brancos, homens x mulheres, igreja x estado, pais x filhos para a supremacia do pensamento socialista dissimulado de democracia.