FIDES ET RATIO

ah, sim, aí está uma pedante supremacista moral e intelectual, que sem dúvida, deve ter a resposta para a angústia humana. Vou perder algum tempo te esclarecendo o seguinte: há três situações cruciais, quando o conhecimento humano, isto é, a razão em nada serve; acontece quando o homem está diante da incapacidade crônica para vida cotidiana; quando está diante da incurabilidade de uma doença, igualmente, incapacinte; quando encontra-se perante a inexorabilidade da morte; o indivíduo sente a lenta aproximação da perda de vida, e se tiver ainda consciência, passar a refletir profundamente sobre sua condição humana. Desnecessário te dar exemplos clínicos. Assim, já testemunhei ateus, agnósticos e “à toas” clamarem por Deus. Eu já vivi 150 anos na face da terra. Já vi quase tudo que Deus e o diabo tinham para apresentar a um ser humano. Enquanto durante a semana, uma pessoa comum como a senhora vê ou conversa superficial ou informalmente com poucas pessoas, nesse mesmo período, como médico, atendo dezenas e dezenas de pessoas (e responsáveis) em situações semelhantes e, ao contrário do primeiro, tenho o privilégio de intervir e alterar o curso da vida dessa pessoa (por obra de Deus), amenizando o seu sofrimento e até “curá-la”, mobilizando as forças que lhe restam ou estão adormecidas, pois há um aforismo na medicina que pontifica: “não existe doença e sim, doente”. Já vi gente com metástase cerebral falecer, e por uma razão superior que ainda hoje me intriga, estar assintomático ou oligossintomático (poucos sintomas), muitas vezes, sem dizer um “ai” sequer. Isso é milagre; é FÉ. Agora se tiver algo a acrescentar, por favor, faça sem deboche e com fundamento. Como vê não vivo de discursos nem vã filósofia. Considero o meu trabalho no consultório como se fosse o Oráculo de Delfos para onde peregrinos vão em busca de resposta para o seu futuro. Voltamos à FIDE ET RATIO. Se valer à pena, compartilhe o texto para reflexão com quem pensa como a senhora. Talvez lhes acrescente algo de positivo para alargar a consciência. Nada pessoal.