A QUEBRADA*
🖋️A QUEBRADA
Por Paulo Rebelo
A palavra “QUEBRADA” deve significar, a meu ver, algo duro como “baixa da égua”, mas hoje, tem um significado diferente: idílico e insurgente, e aquele que nesse caos social se sobressai ou sobrevive é como uma flor de lotus em meio ao pântano. É o milagre da vida, onde parece não haver mais esperança.
Assim sendo, essa “coisa” de dar graça à desgraça alheia ou ainda embevecimento fátuo e autocondescendencia para mascarar e romantizar a miséria brasileira, é como a fábula de “A Roupa Nova do Rei” do dinamarquês Hans Christian Andersen (1837), em que astutos e falsos tecelões lhe fizeram crer que portava um majestoso traje. Era pura ilusão.
O mundo está cheio de boas intenções, mas não sejamos naïves; estamos sendo manietados. Há um belo rosário de pomposas palavras para buscar atenuar a pobreza humana ou glorificar a “igualdade na diversidade”-cliché progressista (“ex-comunista”). Eis que isso é obra dessa ardil joça internacional do “Politicamente Correto”, criada pela intelligentsia socialista mundial (é mais fácil seguir do que contestar), profícua em criar eufemismos e ilusões, pasmem, mais preocupada em melhorar sua imagem e aliviar o remorso do Ocidente em relação aos povos conquistados e hoje, “excluídos”, ao mesmo tempo em que busca apagar, sem sucesso, a sua história de genocídio e escravidão perpetrada pelas nações colonialistas e imperialistas, haja vista, buscar manter sua perene hegemonia do paternalismo e padrão de servilismo nacional ideológico e intelectual, através da inclusão de palavras melífluas ou ou exclusão de outras como “denegrir”.
Ao final, a partir daí infere-se que a hora da “revolução das periferias” teria chegado, finalmente, para tomarem a direção do mundo através da perigosa e quixotesca ideologia comunista na onda do globalismo.
Paulo Rebelo, o intérprete da Linha do Equador.