A DOENÇA É UM BOM NEGÓCIO*
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A DOENÇA É UM BOM NEGÓCIO
Por Paulo Rebelo Algo está muito errado, quando todos os atores envolvidos na assistência de saúde pública e de saúde suplementar estão todos descontentes com o serviço;O usuário, principalmente (e pode ser qualquer um de nós), se encontra mal atendido, fazendo ginástica para ter seu plano de saúde;o médico e demais profissionais de saúde mal remunerados, para não dizer explorados pelosde planos de saúde;hospitais, clínicas e laboratórios recebendo valores deploráveis pela prestação de serviços, em que têm que se equilibrar financeiramente para não quebrar; a ANVISA recebendo pressão de usuários, poder público e de planos de saúde, com razão insatisfeitos com sua atuação titubeante e por último, o próprio governo, rifa o seu papel, empurrando a sua atribuição constitucional para a atividade privada, ao invés de fortalecer o SUS.Assim, que espécie de atividade econômica é essa em que ninguém está satisfeito com o que recebe? Se sabemos as causas da má assistência e remuneração, por que nada melhora?A resposta parece ser superficial, mas é assustadora pela realidade contundente e desconcertante; para estar assim, quanto pior melhor, alguém está sorrindo e muito; lucram com a saúde, leia-se doença, que fizeram dela uma casa de apostas, as grandes agências de investimentos e seus portentosos acionistas, adquirindo e expandindo redes hospitalares, laboratoriais e de farmácias, bancos e seguradoras, como a gigante BRADESCO SAÚDE e sobretudo, a indústria farmacêutica multinacional e de equipamentos médicos como a PFIZER, que enriqueceram na pandemia da COVID-19, para a alegria e satisfação de seus investidores, enquanto enterramos nossos mortos e tratamos de nossos enfermos crônicos ou sequelados.
Paulo Rebelo, o Oráculo da Linha do Equador.