A MÁ EDUCAÇÃO NACIONAL*
A MÁ EDUCAÇÃO NACIONAL
(BBB: retrato fiel do BRASIL)
A meu ver, não há sistema de cotas raciais que possa dar educação pessoal e cívica aos “excluídos”, todavia experts em educação, de natureza esquerdista, creem que sim.
Pois, a educação de um ser humano não ocorre por decretos. Passados dez anos da criação das Cotas Raciais, não se percebe nenhuma mudança de patamar econômico e social, nem comportamental da população em geral.
Foi uma geração perdida. Na contramão, as pessoas parecem mais vaidosamente autointituladas, empoderadas, mas sem lastro educacional de qualidade superior.
A ética, a moral e a intelectualidade estão em baixa.
As relações humanas, especialmente, no Brasil, andam niveladas por baixo. Basta ver isso na qualidade da programação e as mídias sociais.
Aquela educação esmerada, feita através da aquisição de conhecimentos, cortesia, civilidade e boas maneiras não são mais sinônimos de sucesso pessoal.
Através de um empoderamento vazio de grupos de excluídos e marginalizados, a ordem atual é esculachar o mundo, virando-o do avesso, expondo e questionando suas injustiças e contradições, assim criando uma nova ordem social; é a hora e a vez das periferias!
A lei das Cotas Raciais, supostamente, viriam para facilitar isso, empoderando o negro e indígena, porém há crassa demagogia e proselitismo.
Aliada a esse movimento, a GLOBO, antes elitista, para não perder o bonde da história, à procura da audiência perdida, aliou-se à esquerda e passou a flertar com as periferias das grandes cidades brasileiras, romantizando pobreza, enaltecendo suas qualidades como a “superação e resiliência”, em meio à violência cotidiana perpetrada pelas “elites nacionais”. Chama o indivíduo da favela de vitorioso e “heroi”, pura bajulação. Seguramente, uma inversão de valores.
Através de programação mais popular e de mau gosto, buscou dar voz e visibilidade às classes inferiores, através de “A Força do Querer” (quem não se lembra da BIBI perigosa?), “I Love Paraisópolis” e o “Esquenta”, atribuindo-lhes um patético glamour, por um suposto sentimento nobre de conquistas da “comunidade”.
A voz da educação inferior dessa gente, reflexo da permanente exclusão social e de penúria de toda a sorte, seria um grito de libertação dos excluídos a ser veiculado aos quatro cantos.
Assim, aos poucos a gritaria, a grosseria, o palavreado e comportamento chulos ganharam “momentum” e viraram moda e meio de imposição pessoal para vencer na vida, rompendo as elites. É o que se vê nos REALITY SHOWS, o mundo condensado na televisão e mídias sociais, invadindo indistintamente todos os lares, onde já não se sabe quem é rico ou pobre, bom ou mau, subvertendo a educação clássica por parâmetro inferior para abraçar a todos. A melhor educação, então, seria a da vida. A classe média, então, subiu ao morro para aprender o FUNK. Anitta e Ludmilla são fontes dessa educação supostamente libertadora, na forma de igualdade na diversidade e todo o pacote de “justiça social e liberdade individuais”, como a
para o aborto e sexualização da mulher, pois seria um direito seu, a homo/bissexualidade e apologia à liberação da drogas. A nova educação é essa.
É um fenômeno mundial, mas chama a atenção no Brasil. É como se o país desejasse se livrar da clássica educação advinda do eurocentrismo, sinônimo de colonialismo, racismo, conservadorismo e repressão sexual. A etiqueta social, que dá gosto às relações interpessoais seria um pecado a ser eliminado, sinônimo de repugnante elitização da sociedade brasileira, que é miscigenada, mas pouco ou nada representada, segundo a GLOBO.
Assim, o BBB 22 viria para mostrar a verdadeira cara do Brasil, multiétnico, sem vergonha e despudorado, lídimo representante dessa relação mórbida entre pessoas, que mal se conhecem, embrulhadas de espontaneidade fabricada e falsa simplicidade, pois em tempos de mídias sociais, cada indivíduo seria uma “marca” a ser vendida.
Com isso, a ordem é uso regular do escracho, para que as pessoas se sintam do povo, à vontade para transgredir ética e moralmente, pondo-se íntimas umas das outras, onde não haja decoro, como se isso fosse sinônimo de ser humano verdadeiramente livre e vitorioso.
Paulo Rebelo, o médico poeta.