TORRE DE BABEL*

TORRE DE BABEL

🖊A esquerda nacional, dita progressista, impressiona mal nem tanto pela sua agenda sociopolítico econômica, que admitamos, não é de toda ruim, haja vista a necessidade premente de acabar ou diminuir o grande abismo social entre ricos e pobres, todavia pela forma agressiva e sofismática de muitas de suas demandas, na onda do politicamente correto.

É um amplo e eclético grupamento metamórfico de minorias, porquanto se assemelha ao enxame de abelhas, de verve e intelectualidade bastante imaginativas e difusas, porém pouco criativas, limitadas, disperso numa Torre de Balbel.

O progressista, geralmente, é um sujeito anacrônico e contraditório: o “burguês socialista”. Há degradés, cuja tonalidade vai de líderes até liderados manietados por eles.
Não é hipócrita 100%; afeito a ladainhas e mantros socialistas, é que, pedante e demagogo, com pouco ou sem lastro moral ou ainda amoral, pretensioso, proclama-se o arauto dos novos tempos; o curador do mundo. Todavia,
é como fogo fátuo.

Esse grupamento é ubiquo; está na família, na escola, na universidade, na grande mídia escrita, falada e televisada, nas redes sociais e etc. É que nem praga, quase impossível controlar, quiçá erradicar.

É diversificado, heterogêneo, disforme, mal ajambrado, imprevisível, inconfiável, instável emocionalmente e sobretudo, libertário (beirando o anárquico), pretensamente emancipado, mas paradoxalmente 100% submisso e grande apologista do pensamento paternalista estatal.

Assim, acredita muito mais num estado social do que liberal; que o crescimento e desenvolvimento de uma nação sejam obra do povo, esse ser tão real e conceitualmente abstrato e polimórfico como a cabeça de Medusa, sob o manto de um estado utopicamente onipresente e controlador em todas as áreas da atividade humana, de antemão, inevitavelmente, forjando trabalho, inchando o serviço público, quando muito é sinecura e não o fomentando como atividade econômica, nivelando todos os indivíduos por baixo e não a partir do próprio indivíduo livre, quando o estado, sem desmerecer o seu mérito, lhe forneça os meios adequados, sem necessariamente tutelá-lo, através dele e muitos outros semelhantes, elevando o padrão produtivo de uma nação, tornando-a verdadeiramente rica.

Paulo Rebelo, o escrevente do tempo.

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