A LABUTA*

A LABUTA

🖊️Acordo e durmo 

Pensando nas minhas irrefreáveis 

Pendências pessoais e públicas, 

Grandes e pequenas, 

Muitos delírios, alucinações 

E lucubrações 

Que se acumulam

Dia após dia

Na minh’alma, 

Colocando à prova 

Toda importância de minha Breve e tênue existência. 

E, nesse interregno,

Sem saber exatamente o porquê,

Tenho sonhos e pesadelos 

Que me consomem 

Num interminável banho-maria 

E que ora me abalam

Profundamente,

Ora me embalam

Docemente,

Exercendo enorme pressão 

Para continuar vivendo.

Paulo Rebelo, o filosófico.

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