A BIOGRAFIA: quem sou eu*

A partir do momento em que passei a expor minhas obras literárias e fotografias nas antessalas dos consultórios em minha clínica, surpreendentemente, melhorou sensivelmente a minha relação médico-paciente, visto que a clientela passou a conhecer o homem Paulo Rebelo, muito além da figura de médico.
Paulo Rebelo, médico e fotográfico curioso.

“Ao escrever liberto minha alma”.

Paulo Rebelo

Nasci em Santarém no Pará por acaso. Num navio a caminho de Belém, minha mãe me deu a luz. Apelidaram-me de “preto”. Dizem que nasci sob a luz de velas e candeeiros, pois não havia luz elétrica na maternidade.

Apesar de sermos pobres, tive uma infância feliz. O pai, Evandro, austero e distante, era prático do Rio Amazonas e a mãe Clécia, do lar, no passado distante, professora de crianças.

Sempre fui um menino curioso. Era inteligente. As áreas que mais gostava eram biologia, história geral e geografia humana. O meu gosto pelo mar, navios e fotografia vem de meu pai e de minha mãe, a sensibilidade, o gosto pela escrita, leitura e estética. 

Um dos maiores momentos de minha vida ocorreu em 1974 quando eu ganhei uma bolsa integral de ensino por uma instituição americana de intercâmbio chamada Youth for Understanding, representada pela senhora Lila Ericsehen e, em janeiro de 1975 , fui estudar nos EUA e morar com a família Mastenbrook. Foi um período fecundo de minha vida.

A partir decidi que gostaria de ser médico.

A vontade de escrever partiu de uma necessidade de me expressar emocionalmente diante dos acontecimentos na minha vida e profissional, como a morte e a invalidez da clientela.

Assim nasceu a união entre a medicina e a literatura na minha vida.

Paulo Rebelo