O CARONA*
O CARONA
Artigo de opinião de Paulo Rebelo
Assumindo a direção do mundo sob a batuta do esquerdista egresso da classe média, as periferias brasileiras e mundiais são a moderna versão da Revolução Comunista no século XXI; no século XVIII, graças à uma burguesia revolucionária, caíram a monarquia, a nobreza, o clero e, no presente, mudou a própria classe média, desperta da longa alienação e comodismo, todavia, em tempos de Internet, finalmente, agora é a hora e a vez dos excluídos, os “emergentes”, tendo a burguesia socialista ou vice versa, não mais como protagonista, mas como figurante e carona.
A classe média empobreceu, mas não perdeu ou não quer perder a pose de nobre, pois é ainda é elite, daí a sua necessidade de estar no poder.
Com a Internet, ela parece mais intelectualizada, mas é engano; sua cultura é, geralmente, inútil. Ela vive em conluio com a grande imprensa. Ela elege e derruba presidentes, tal a força da opinião pública. Não é homogênea; uma parte é aporofóbica, etnofóbica, racista, homofóbica e misógina, mas com tanta injustiça e desigualdade gritantes, as redes sociais exigentes passaram a cobrar dela um posicionamento firme e transparente, portanto mais humano, ajustado às necessidades de dignas condições de vida de toda população, sem excludentes, pois não havia como continuar assim, sob pena de ser decapitada e perder o bonde da história, passando como vilã. Assim, astuta e oportunista, para se proteger, parecendo sempre bem na foto, elaborou o moderno discurso do politicamente correto para camuflar-se da aura de humanista e humanitário com um discurso eloquente e empolado, eivado de demagogia, pedantismo e pretensa superioridade intelectual, ética e moral, o auto intitulada progressista, a curadora dos pobres e minorias, eufemismo de esquerdista, para continuar a ditar os desígnios do mundo, através do patético socialismo burguês do século XXI, à base de crassa e vergonhosa hipocrisia de sempre.
Paulo Rebelo.